B I O
Nasce no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, 1983. É a terceira de 3 filhos, de uma família com muitas nódoas negras, mas amável e interessada.
Por desafiar os tempos da parteira é arrancada à bruta e chega ao mundo de clavícula partida. Logo a esquerda. Mais tarde frequenta a escola primária do peixe frito, aprende língua portuguesa, matemática e estudo do meio. Sabe de cor o nome dos rios e a altura das montanhas. É-lhe diagnosticada bronquite asmática e escoliose, e por indicação médica começa a nadar. Torna-se razoável brucista e singra na equipa de competição do Clube Naval Setubalense.
Aos 16 trabalha como caixa no Pingo (pouco) Doce para pagar as primeiras férias fora de casa. E depois como empregada de mesa e balcão para pagar os estudos. Ouve críticas, elogios e brejices várias. Licencia-se em Comunicação e Cultura pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se assume anti-praxe e anti-parvos.Mais tarde faz estágio profissional na Rádio Popular FM e no Jornal Notícias Populares, sob a direção de José Manuel Rosendo, onde se destaca por reportagens sobre eucaliptos, tráfico de animais e prémios vinícolas. Frequenta o curso de jornalismo no Cenjor, e pelo caminho dá aulas de inglês no primeiro ciclo. Muitas das suas matérias são dadas através de canções genericamente coreografadas, que compõe de propósito para o efeito. À segunda semana de aulas é chamada à sala da diretora para conversar sobre práticas educativas pouco próprias.
Entre 2011 e 2016 é coordenadora do Grupo Tamborzinho e trabalha o desenvolvimento físico, cognitivo e social de crianças, jovens e adultos com deficiência mental. Aprendeu mais do que ensinou. E dotada de novas ferramentas torna-se funcionária pública a recibos verdes, desenvolvendo projetos de juventude.
Em 2019 produz, com a ajuda do amigo Sérgio Miendes, o seu primeiro disco - Rua das Marimbas n7 - e 3 anos depois o disco 2 de Abril.
Gosta de animais - cães em particular - plantas e árvores. E de dar mergulhos no mar sempre que pode.
Escreve poemas, crónicas e breves notas biográficas.
Notas artísticas e distinções:
- Prémio José Afonso 2023 - atribuído em abril de 2024
- SPAutores - Prémio José da Ponte 2024
- Golfinho de Ouro jornal O Setubalense / Rádio Popular FM 2024
- Medalha de Mérito Cultural, Município de Setúbal 2024
- Globo de Ouro SIC / Expresso - melhor intérprete 2023
- SPAutores - Melhor Trabalho de Música Popular 2023
- Antena 3 - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Blitz/Expresso - 2º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Rádio Radar - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Planeta Pop - 1º lugar "Portuguese Album of the Year" 2022 com álbum 2 de Abril
- Music Portugal - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Altamont - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Rádio SBSR - 3º lugar "Álbuns Nacionais” 2022
- Colaboração como letrista e compositora em vários discos nacionais
- Colaborações e parcerias com Três Tristes Tigres, Calíope, Sérgio Miendes, Omiri, Orelha Negra, Os Surrealistas, Luca Argel, Castello Branco...
AGENDA
próximas datas
15 setembro | A ANUNCIAR | A ANUNCIAR | |
4 Outubro | Pombal | Teatro Cine | Brevemente |
11 Outubro | Valongo | Fórum Cultural de Ermesinde | Brevemente |
25 outubro | Paredes | Centro Cultural de Paredes | Bilhetes |
8 Novembro | Santarém | Teatro Sá da Bandeira | Brevemente |
14 Novembro | Vila Real | Teatro Municipal de Vila Real | Brevemente |
15 Novembro | Sardoal | Centro Cultural Gil Vicente | Brevemente |
22 Novembro | Fafe | Teatro Cinema de Fafe | Brevemente |
23 Novembro | Porto | Ágora - Câmara Municipal do Porto | Entrada Livre |
aconteceram
7 setembro | Quinta da Atalaia (Seixal) | Festa do Avante | Já aconteceu |
23 Agosto | Figueiró dos Vinhos | Fazunchar | Já aconteceu |
25 Julho | Choupal | Ponte da Barca | Já aconteceu |
11 Julho | Ovar | Parque Urbano | Já aconteceu |
9 Julho | Tondela | ACERT | Já aconteceu |
4 Julho | Alcanena | Festival Entretanto | Já aconteceu |
27 junho | Loulé | Festival Med | Já aconteceu |
21 junho | Lousada | Auditório Municipal de Lousada | Já aconteceu |
13 junho | Porto | Parque da Cidade | Já aconteceu |
6 junho | Vale de Cambra | Centro de Artes de Vale de Cambra | Já aconteceu |
25 maio | Amarante | Cine-Teatro de Amarante | Já aconteceu |
24 maio | Ílhavo | Casa da Cultura de Ílhavo | Já aconteceu |
17 maio | Barcelos | Theatro Gil Vicente | Já aconteceu |
3 maio | Guimarães | Centro Cultural Vila Flor | Já aconteceu |
Seixal | Quinta dos Franceses | Já aconteceu | |
14 dezembro | Aveiro | Teatro Aveirense | Já aconteceu |
4 dezembro | Paris - Maison du Portugal | Expo Melanie Alves - Gulbenkian | Já aconteceu |
1 novembro | Lisboa | Convidada Selma Uamusse | Já aconteceu |
27 outubro | Galicia - Espanha | Auditório de Galicia | Já aconteceu |
13 outubro | Porto | Coliseu do Porto | Já aconteceu |
11 outubro | Braga | Convidada de Clã | Já aconteceu |
5 outubro | Madeira | Concerto Ponta do Sol | Já aconteceu |
24 julho | Tavira | Convidada de Sérgio Godinho | Já aconteceu |
17 julho | Aveiro - Cais da Fonte Nova | Convidada de Castello Branco - Festival dos Canais | Já aconteceu |
13 julho | Coimbra | Concerto com Coro das Mulheres da Fábrica | Já aconteceu |
11 maio | Cabo Verde - Praia | Centro Cultural Português Praia | Já aconteceu |
10 maio | Cabo Verde - Tarrafal | Festival da Resistência | Já aconteceu |
27 abril | Peniche | Museu Resistência e Liberdade | Já aconteceu |
26 abril | Amadora | Cineteatro D. João V | Já aconteceu |
Loja
discos
PRINT/ILUSTRAÇÃO DISCO 2 DE ABRIL
A GAROTA NÃO X CRISTINA VIANA
G A L E R I A
telediscos
colaborações
ao vivo
Fotos
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SETÚBAL! Estou tão feliz que me sinto outra vez como essa pequena sardinha aí ao lado do irmão. O Largo de Jesus esta noite vai ser a nossa sala de estar! Velhos e novos amigos, parceiros, abraços inteiros! Não digo nomes, que quero fazer surpresa, mas uma coisa é certa: teremos Setúbal no palco! E quão diversa e rica e forte é a nossa pesca! Venham daí patas-roxas!Button
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Ontem em Viana os guarda-chuvas fizeram parte da plateia. debaixo deles homens, mulheres, crianças, resistentes. Também havia quem só tivesse trazido casaco com capucho, descrendo da insistência da cacimba E outros, nada. Vieram só, cabeça à fresca, que chuva miúda não espanta corações grandes Sensibilizou-me o quadro que via do palco, a resistência da presença, o suporte quente dos que nos querem bem. Trouxe-me alegrias várias, e aquela forma de fome que não se satisfaz nem com a melhor bola de Berlim do Natário. A fome da bem-querença, de um silencioso acordo coletivo que acontece entre falas e canções. Obrigada, gentilezas As fotos são da @aritagomes1 que as tira sempre a bombordo.Button
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GENTE QUE SENTE! Concerto Setúbal! Estamos energizados de uma semana intensa, imensa! Os preparativos para o concerto de Setúbal têm sido exigentes mas tão relevantes no céu da imaginação! A voz anda cansada mas com uma vontade desmedida. Não há como amainar agora. Segunda-feira queremos encher o Largo de Jesus! E este assunto é sério e é convosco! Venham do 2 de Abril, do Montalvão, Liceu, da Camarinha, Monte Belo, Tetra, Bairro dos Pescadores, Bela Vista, Santos Nicolau, Tróino, Viso, S. Gabriel!… Este concerto é território de todos, com direito a visita à música Setubalense de 80, 90, 2000… hoje! Venham de Palmela, de Sesimbra, Moita, Montijo, Alcácer, Seixal, Barreiro, Lisboa, Santarém, Loulé, Coimbra, Leiria, de todos os lugares onde haja gente que sente!Button
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Hoje estaremos no @vianabateforte, Viana do Castelo! A dar tudo o que temos, com quantas forças nos encontrarem. Venhaaaam e tragam os bolsos cheios de bolas de Berlim com nata, e a boca cheia de silêncios e palavras bonitas! Queremos essa troca. Até já! <3Button
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Quando sonhei de levar o @coro.das.mulheres.da.fabrica à Festa escrevi à @vania.coutoo para sentir como seria recebido o convite. A resposta dela foi tão brava que soubemos ambas, logo ali, que ia acontecer. Juntam-se as outras regentes do coro à conversa, salve @belotineli e @sou_a_liliana , bate forte o desafio, perguntemos às outras! E de repente eram 50, 60 mulheres a falar por si, a decidir o que queriam. Umas habituais da Festa, algumas curiosas, e outras que nunca tinham pensado lá ir. O certo é que entre logísticas múltiplas (salve Dora e Produtores!), conseguimos que estas guardiãs do Mondego descessem até ao Tejo para um encontro de palco destemido. E das coisas mais lindas que me foram dizendo depois de domingo, guardarei esta: não conhecia as Mulheres da Fábrica, foi uma descoberta explosiva, obrigada. Obrigada eu. E só por isso já sentiria que a minha missão no Avante deste ano estava cumprida. Quando tenho um grande palco, gosto que esse palco seja meu e de todos aqueles que consigo levar comigo, a quem entendo que destaque e justiça têm de ser dados! Não podemos guardar a beleza da vida debaixo do nosso braço, na arrogância de quem quer ter sempre trunfos raros guardados. Fico para lá de embevecida (vaidosa mm!) que elas tenham tido um bocadinho daquilo que merecem, pelo exercício de cidadania e encontro que extraordinariamente são. Mulheres operárias, professoras, artistas, cientistas, curandeiras, reformadas, desempregadas, invisuais, visionárias, portuguesas, imigrantes, GENTE que nas suas diferenças e idiossincrasias se acolhe e respeita. Cada encontro com elas é um arrepio literal, ativação automática da ancestralidade que carrego. Já não no primitivo Luta ou Fuga, mas no reconhecimento de um outro estado de consciência: Luta e amor! É o que elas fazem, é o que elas são. Quando elas se reunem, todos à volta nos iluminamos, transcendemos. Minhas queridas e bravas mulheres, fico mais alta sempre que toco convosco, + perto das árvores. E a vocês aí desse lado, público gigante, entrego-vos todas as salvas de palmas e agradecimentos, por nos terem enchido o Ferry de Gold de ondas, pássaros e mergulhos livres! Obrigada, Vânia. Obrigada Avante.Button
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Alguns postais vivos que o @pedroesemedo me enviou da Festa. Ajudem-me vocês com as palavras hoje, por favor.Button
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Cacique 97 20 anos fizeram os Cacique 97! É um feito à altura do Milton Gulli, menino para 2m de comprido e muitas voltas ao sol de talento. À altura também da @mukuirri , mulher que ritma, canta, escreve e ainda enche de estilo os colegas. E do @marcosmendesalves, do Renato Chantre, do Tiago Romão, do Diogo Sebastião dos Santos, da Rita Pinho, do @gprazeres, do @sandrofelixx, do @ze_lencastre, do Vinicius de Magalhães. Que equipa mais adorável. Prazer, querida @mariajoaomusic. Hoje é na @festadoavante que nos encontramos!Button
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Seremos muitos a celebrar a vida e a música de @cacique_97 ! Juntem-se também ❤️ Hoje no @luxfragil pelas 21h00.Button
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Fazunchar Há festivais que são festivais. Há festivais que são mais. Precisamente por serem menos. Menos fogo de artificio, menos patrocinadores agressivos, menos selfies, menos glitter. O Fazunchar é um lugar sereno, para quem vai com tempo para ouvir e ficar, para caminhar devagar entre ruas e descobrir beleza em casas de pedra, buganvílias, empenas, telhados vistos de cima, pinturas, esculturas e instalações, gatos em parapeitos aguardando repasto. O Fazunchar é um lugar bom. Obrigada por nos terem chamado. @deejay_kwan és mesmo craque.Button
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Vai Ferry Gold, continua a tua viagem. HOJE! @fazunchar.fv Setembro: Avante! Viana Bate Forte Setúbal / Dia de Bocage! AbraçosButton
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As Cantadeiras de São Martinho de Crasto Não tivemos muito tempo para nos sabermos mais, para nos conhecermos melhor. Mas onde há generosidade há entendimento. O abraço que me deram foi claro como o rio Lima: feito de paciência, vidas muito duras, rugas muito fundas, sorrisos com lábios e coração, tudo junto, lindo, pronto. Comoveram-me, ensinaram-me as suas histórias, e eu só sentia que as lágrimas que me nasciam nos olhos não eram só minhas, eram minhas e delas, e das mães delas, e das outras mulheres que não estavam ali connosco mas que nos tinham deixado aquelas canções, força e firmeza. “Não me ponha a mão na cinta De longe diga o que quer” Tão orgulhosa disto, tão agradecida. Ponte da Barca <3 terra linda. As fotos de espectáculo são da gentil @aritagomes1Button
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Hoje acordei cedo e com fome. Cedo é habitual, gosto de me juntar aos pássaros na primeira brisa, já a fome depende do ânimo, da paz na cabeça. E o ensaio de ontem com as Cantadeiras de S. Martinho de Crasto foi tão bonito, arrepiei-me tanto, que a vontade de me juntar a elas para o concerto de hoje tornou mais bonito e claro o despertar. E depois, depois é Ponte da Barca a arrebatar-me os olhos e os ouvidos, a pacificar-me o peito. Que a natureza tem uma maneira própria de nos mostrar quão insignificantes somos, quão grande é a vida. No belo e na consolação. Hoje Folk Celta Ponte da Barca! Depois do @zezefernandes.oficial e da @emmycurlButton
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A dose dupla do fim de semana passado ainda aqui se manifesta dentro. O Tom de Festa da @acert_tondela é comunidade em acção, partilha de compromisso, responsabilidade e alegria. Ovar é um jardim de pessoas, árvores e abraços no seu Sons da Lusofonia. O Ferry regressou ao cais madrugada dentro, como quem se aninha cansado mas feliz, depois da celebração arrebatada. Obrigada. Obrigada também ao Carlos Fernandes pelas fotografias (1 a 7) e ao Egídio Santos (8 a 10).Button
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É neste lugar bonito que tocamos hoje, pelas 19h00. Muito obrigada @ovarfesta por tão amável chamada ❤️ Um abraço de até já!Button
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@acert_tondela é tão bom estar aqui convosco ❤️ que lugar de janela aberta! Tocamos logo à noite no Tom de Festa, venham daííí! Há o que comer, beber, conversar, escutar, sentir!Button
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O meu primeiro Primavera foi nosso ❤️ Obrigada pela vossa atenção e abraços. Vídeo-memória do @pedroesemedoButton
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Hoje vou conhecer o projeto Cantar Abril que junta utentes dos albergues noturnos do Porto e técnicos de intervenção social da freguesia da Campanhã em torno de algumas das canções mais relevantes do nosso cancioneiro. O nosso encontro será no Auditório da Casa Sindical de Campanhã, pelas 21h30. E eu também cantarei um par delas, que este projeto tem a nobreza dos que não desistem. Até logo, abraçosButton
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Vale de Cambra, o Ferry já saiu do cais. Encontro logo, 21h30 no Centro de Artes e Espectáculo de Vale de Cambra Imagem @jo_c_batista // @a.n.a.polidoButton
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FERRY GOLD Amanhã estará nas plataformas digitais o meu terceiro disco. É, será sempre, um trabalho coletivo. Para quem perguntou na publicação anterior: os CD’s podem ser encomendados por duas vias: - Bandcamp ou email (encomendasgarota@gmail.com) A fotografia é do querido amigo Nuno Batista, a quem sorrio muito mais do que isto, quando ele não tem uma câmara à frente. AbraçosButton
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A todos os amigos, conhecidos e anónimos que me têm encomendado discos, MUITO OBRIGADA! O processo tem sido lento, desculpem a demora, mas é que cada álbum destes leva muitas camadas de empenho e amor. As habilidosas mãos que dobram, vincam, cortam, ajeitam e levam a matéria à máquina, bem como o lindíssimo design de todo o objeto, continuam a ser da minha parceira de sempre: Ana Palma Polido. As pinturas que por aqui viajam são da Joana Batista, que é uma daquelas pessoas que num mundo certo, devia ter o direito de viver da arte que faz. Que é tão linda e tão grande. Um abraço valente e grato!Button
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AS PINTURAS DA JOANA Para nossa sorte a Joana Batista descobriu cedo um dos dons com que chegou (voltou?) ao mundo. Conhecemo-nos há meia dúzia de anos mas há pessoas com as quais parece que a história já vem mesmo de outro lugar. Porque a compreensão acontece sem que a boca tenha de falar. Em Setúbal temos paredes pintadas por ela que me animam os olhos sempre que as vejo. Pinturas que juntam amor, humor e memória. Janelas-paisagem que nos guardam do ruído e do bulício da cidade. Tenho um orgulho tamanho desta minha conterrânea / contemporânea e sinto que nenhum dos elogios que lhe faça enquanto apresento o seu trabalho nos concertos chega para declarar o quanto de humildade e sabedoria lhe encontro, a talentosíssima e querida pessoa que é. Para o Ferry Gold pedi-lhe que ilustrasse canções. E ela pegou nos pincéis e pintou a óleo telas lindas e generosas. Deu vida à Mariana Angélica de Andrade (Poetisa do Sado tão apagada pela história dos homens), à Irene Lisboa (escritora e professora afastada do ensino pelo Estado Novo), à Casa de Bernarda Alba, aos sapatos da minha mãe, ao Touro liberto de todas as praças, corridas e indignidades do mundo… Podem ver mais um pouco do que faz aqui: https://joanathebaptist.com/illustration-paintings-and-doodles/ E sobre os concertos do fim de semana, Obrigada! Ílhavo e Amarante <3 que bom embarcar convosco neste Ferry Gold. Foram longos abraços Obrigada também aos meus cúmplices de estrada: Sérgio Miendes, João Mota, Diogo Arranja Sousa, Sandra Cardoso, João Gabriel, Joana Mário, Hugo Valverde, Roger Madureira, Miguel Gonçalves <3 E à Família Vinagre, pelas fotografias e apoio tanto!Button
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Barcelos, não me esqueci de vos agradecer, só demorei um pouco mais, que os dias têm sido agitados e medonhos. Mas baixar os braços só se o skate me fugir outra vez e for partir os cotovelos ao chão. Foi um rico encontro o nosso no Gil Vicente. Obrigada. As fotos de concerto são da generosa @aritagomes1 E estes bolos? ahhhhh, deusas, porque nos tentam! Ah, e hoje há concerto em Ílhavo!Button
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Em Guimarães a chuva e o frio ficaram à porta do Centro Cultural Vila Flor. Lá dentro foi um abraço longo que o meu peito inquieto guardará até que as memórias me fujam. Muito vos agradeço. O vídeo é, como habitual, do Pedro Estevão Semedo.Button
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Todas as prestações públicas me dão grandes fanicos, mas a apresentação de um disco novo consegue ser ainda mais avassaladora na nudez em que nos deixa. É o momento em que se mostra o que nos tem ocupado meses, anos, as reflexões, os arranjos, as leituras, as observações, as inseguranças. São partos demorados, processos cheios de rodopios, arrepios, descobertas. Quis fazer o lançamento em Guimarães e volto para Setúbal com o coração e o estômago ainda suspensos pelo que aconteceu ontem no @ccvfguimaraes . Foi acolhimento e amor. Obrigada pela vossa entrega, pelos vossos abraços finais e palavra-coragem. Obrigada também aos companheiros de sempre, com quem é tão bom viajar, naufragar, voltar à tona, respirar. @sergiomiendes , @diogoarranja , @joaomaismota , @valverdeverdeverde , Joana Mário, Sandra Cardoso, João Gabriel, @pedroesemedo , @marioguilhermedop 🏠 As fotografias são da @alexandra.fernandes.ph @Danielvieiradasilva e @aritagomes1 Obrigada pelo vosso olho-coração.Button
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Guimarães! Estamos quase a chegar para vos apresentarmos o nosso Ferry Gold. Novo a estrear! Ainda há bilhetes para Amarante :)Button
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NOVO DISCO Na praia que era de todos, dei muitos mergulhos voadores. Fiz exércitos de carochas da paz e comi gelados de laranja. A areia era fina, macia e quente e na maré vazia formava milhares de poças, onde cada um brincava com a imaginação que tinha. o resto do tempo eram cambalhotas, pinos e rodas até doer os pulsos. E depois adormecer naquele fim de tarde de sonho. Se um dia me perguntarem por Tróia, era sobre isto que gostaria de falar. Em vez do incomportável preço dos bilhetes da vaidade de quem exclui do espaço público feito privado das dunas protegidas por caterpillars dos governos que adormecem sob a palmeira importada dos condomínios de luxo da segregação. Há muitas outras Tróia’s no país, mas dão por outros nomes. O novo disco chama-se Ferry Gold e entre outras coisas fala disto. Será apresentado amanhã em Guimarães. Obrigada a quem esgotou a bilheteira do Vila Flor. <3 Os CD’s estarão disponíveis a partir de segunda feira no bandcamp ou através do email encomendasgarota@gmail.com Vinis daqui por alguns meses. Plataformas digitais em breve :) AbraçosButton
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Fomos muitos mil a celebrar Abril <3 Obrigada, Seixal.Button
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Que eles são enormes em palco a gente já sabe. Mas como estão esses Assessores no que toca a toques de bola? São bons, até nisto são bons, os patifes. Ainda que para entrarem no Traineira Clube de Setúbal precisem de comer muita sardinha assada. Dia 24 de Abril há concerto no Seixal! Junta Godinho com Garota, Assessores e Chefes de Gabinete. :) Até jáááButton
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O concerto que aconteceu no domingo na Aula Magna teve a grande virtude de fazer viver Carlos Paredes. Não tinha a ver com virtuosos (apesar de os ter) nem exposições de talento e carisma (apesar de também as termos presenciado). Tinha a ver com celebrar um homem que pela sua obra, princípios e postura, foi admirável. Há gente que deve ser recordada sempre - para que aqueles que vão chegando entretanto tenham a sorte de fruir o que Paredes nos deixou. A grande aplauso foi para ele e para a Luísa Amaro, a engenheira daquele desafiador alinhamento que combinou gerações, instrumentos e palavra. Quanto a mim, além de ter conhecido músicos boníssimos como a Mafalda Lemos e o Gonçalo Rodrigues, Joana Bagulho, Marco Fernandes e o Miguel amaral, ainda saí de lá com um querido abraço do Tó Pinheiro da Silva, que nos fez um som estupendo, e com uma promessa do Mário Laginha :) A todos os outros que fizeram parte desta celebração, muito obrigada: Luis Nazaré Gomes, Carlos Alberto Moniz, Banda de Música Bombeiros de Torres Vedras, Ana Telles, Inês Vaz, Tiago Morais e Tiago Marques, Gonçalo Lopes e Simão Mota. Aproveito para dizer que hoje há festa no B.Leza Clube! A PRODUTORES ASSOCIADOS celebra 18 de muitos anos que virão, e há música ao vivo a partir das 21h30! 📷 Carlos MartinsButton
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Não me queria pôr em bicos de pés porque há merch mais fresquinho e de fazer muitas delícias sensoriais na praça mas até que o meu novo disco esteja oficialmente pronto e todo o processo de produção se cumpra, tenho uns belos VINIS e CDS à procura de um sistema de som que os queira acolher. São bons animais de companhia, adoram viajar e tornam as horas de ponta menos difíceis. As encomendas podem ser feitas no Bandcamp ou através do email encomendasgarota@gmail.com A resposta ao email é automática e contém as infos essenciais (para início de conversa). Ah, e também há prints da @acristinaviana !Button
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Fechando ciclo: quando me encontrei com a @melaniealves no atelier onde trabalha, senti que estava a chegar a um daqueles lugares onde com rara facilidade eu passaria muitas tardes a existir - sem mais quê - sem que tivesse de ter um propósito maior para passar o tempo. Lá, os objetos dialogam com a nossa memória e com a nossa imaginação, são elementos e peças paradoxalmente cruas e belas, que desconcertam pela verdade que resgatam e pela fantasia que permitem. Eu acho sempre que os locais de trabalho de cada um - quando podem ter a expressão do sujeito - dizem muito sobre o que lá vai dentro. E se for assim, não vejo outra hipótese senão a de que a Mel tenha mais compartimentos internos do que uma pessoa normal - de certeza que tem anexos e jardim, situados algures entre a cabeça e o coração. Fora a brincadeira - séria que é - tenho mesmo muito orgulho de ter feito um bocadinho parte do seu trabalho Marias de Abril - que é feito de tantas vidas, de tanta gente! A sua exposição está aberta para visitas até 9 de fevereiro na Maison du Portugal, Cité Internationale Universitaire, em Paris. Se passarem perto, entrem mesmo! 📸 @p_martins_photographe 🌷Button
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Outras notas sobre Paris: - A @paola.velho / @thisisyolo_pr : Viagens, estadias, refeições, patrocinadores, comunicação, som, protocolo, diplomacia. Cansa só de imaginar. Há pessoas que celebram o outro, a sua concretização. São preciosas e quase sempre invisíveis. A Paula é uma delas, amável e bravíssima mulher. - O José Ferreira / @rolenaeuropa : tem uma empresa de visitas e transferes sediada em Paris. Não foi ainda diagnosticado por nenhum médico mas estou cá para levantar a lebre: tem no meio do peito um coração anormalmente grande. Foram dele as boleias várias e a ajuda infinita na hora em que os voos foram cancelados e a Air France nos disse: ou vão vocês ou vão as guitarras. Não há espaço para todos neste avião (equacionei deixar o Sérgio no Charles de Gaulle para ficar com a guitarra dele para sempre, mas não pegou). Voltando ao senhor Ferreira, perguntei-lhe certa vez: porque é que nos está a dar tudo isto de graça, senhor José? Porque sou Português e estou cá para ajudar a minha comunidade (a lágrima do canto do olho do @kwendabonga passou de repente para o canto do meu). - As @canelas.paris, que encheram de comida e prazer a boca de todos quantos estiveram na exposição / concerto, por haver em cada uma delas uma intensa mulher de Abril. - O @jcfpiano é o atual diretor da Casa de Portugal da Fundação Calouste Gulbenkian na Cité Internationale Universitaire de Paris. E caramba, se há diretores de alguma coisa aos quais apeteça dar um abraço e dizer: que bom que está nesse lugar, homem!, ele é um deles. Soluções, clareza de espírito, gentileza, ideário. Está tudo certo. - A rapariga da fila da frente: chegou no final do concerto e disse-me comovida: eu estou a aprender português por causa das tuas canções. E depois disto não há mais nada que possa dizer. Obrigada, vida, que também a mim me tens dado tanto. 📸 Philippe MartinsButton
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Paris, 5 de dezembro 3 graus e algumas notas O vento corta a garganta como uma navalhinha de trazer no bolso, afiada e pronta, mas debaixo do cachecol, do casaco e do capucho, o frio até sabe bem (à noite a cama será aconchego certo - a graça está toda aí). O concerto foi bonito, o ânimo está leve, as pessoas foram muito gentis e a exposição da Melanie encheu-me de orgulho (disto falarei noutra publicação). Antes de regressarmos a Lisboa temos algumas horas livres, seguimos a pé sem destino, pelo prazer do inesperado. Paris é uma cidade bela, com muitos lugares onde assentar os olhos. A arquitectura é impressionante e as possibilidades culturais são inesgotáveis. Mas as luzes de natal e as montras das lojas são demasiado requintadas e exuberantes quando têm à frente pessoas deitadas sobre papelão molhado. Notre-Dame, catedral rainha, reabre daqui a 2 dias. À sua volta um bulício digno de boda real. 5 anos e 700 milhões de euros depois do incêndio. Há formas de ascensão espiritual um pouco mais em conta, mas em tudo há os seus caprichos, diz-se. No metro a modernidade cumpre-se: videochamadas debaixo da terra, phones sem fios, lábios pulposos, casacos de pele animal comprados em lojas de segunda mão, sapatilhas vegan e peúgas com a cara da Mona Lisa. Na urgência de caber na carruagem, uma velha franzina empurra contra o poste um rapaz que parecia o Mike Tyson. A diferença de forças era tão evidente que ele só conseguiu rir enquanto abanava a cabeça. Todos coabitam o tempo e o lugar, numa zona que fica algures entre a tolerância e a indiferença. Não há grandes conversas, a maioria vai calada e só. Uns à espera de alguma coisa, outros de coisa nenhuma a não ser a paragem onde irão sair. As cidades grandes dão-me um nó no estômago. As buzinas, as filas, as bicicletas furiosas, as motas nervosas dos entregadores de comida contornando carros, pessoas e minutos…é tudo muito rápido para mim. Mas: ainda consegui tirar estas fotografias bonitas :) 1. o Sena e o Sérgio Miendes 2. a árvore dourada na subida do Sacré Coeur 3. o leão fontinha 4. A senhora das folhas secas 5. o esforço de hércules 6. o Pombispo 7.Button
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No ano em que tinha decidido parar com a estrada para respirar de trabalhos acumulados e sobrepostos e fazer umas mudanças mais estruturais na vida, acontecem-me o Museu da Resistência e Liberdade, o Tarrafal e o Coro Das Mulheres da Fábrica....! Que coisa linda. E depois os concertos-coliseus do Sérgio Godinho (real OG!), o Castello Branco e a Mazela, a Francisca Marvão com o filme sobre a Zurita de Oliveira, a Selma Uamusse com a sua carta branca para a cidadania, o generoso Cesário Costa com a Orquestra de Espinho, a Sara Botelho e o Jorge Castro Ribeiro a invadirem-me o coração, A Luta Contínua dos Clã, as delícias da Madeira (a quem devo agradecimentos por poetas referenciados!), a gentileza da Galiza. Sem contar com 4 semanas de obras transformadas em 10 meses, costas devidamente rebentadas, terapias várias, afonias e antibióticos. O plano inicial resignou-se ao fracasso, compreendendo que há convites que não se recusam, e a Mel Alves é dona de um deles. Quarta feira estaremos em Paris com ela, a inaugurar a exposição Marias de Abril, que ela esculpiu, moldou, teceu, sonhou. Quem possa estar por perto que venha, estarei com o Sérgio a tocar nesta linda festa. Um abraço A fotografia é do Sérgio Aires, a quem muito agradeço.Button
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A @selma_uamusse é união, integração, convocatória. Ninguém fica de fora, ninguém é sobrante. O espetáculo de hoje à noite é sobre isto mesmo. Venham, o bilhete do concerto tem dentro uma viagem ao centro da humanidade. Tem @orquestra_geracao, @activemess , @olaruthmusic, Bárbara Wahnon, @nayrfaquira , @yerixyeni , e eu também lá boto uma palavra. Hoje no @ccbelem , pelas 20h00. Link para últimos ingressos na bio! As fotos são do ensaio de ontem. Pela lente da @anaviotti_ Abraços, até logoButton
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Oh Galicia, como agradecer-te a escuta bondosa, o silêncio que respeita, o abraço que nos aconteceu? Voltei serena, como quem volta de um lugar onde nos querem bem. Onde queremos voltar inteiros, melhores. Abraço longo e muito obrigada. A quem esteve, ao Concelho de Santiago de Compostela, Aos técnicos do Auditório de Galicia que nos ajudaram, E sobretudo à Nordesia, pelo convite e carinho tão sentidos. E à @mjperez.music , todas as alegrias e bonanças, que o palco fica mais justo com ela lá.Button
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De Setúbal a Galiza são 6 horas de viagem. Na carrinha onde seguimos mete-se o assunto em dia, ouve-se música, rimos de alguma piada mais ou menos temperada. Há os que recuperam de cansaços atrasados, os que lêem, vêem séries. Eu vou tentando reduzir o volume dos emails por responder mas sou sempre insuficiente no desempenho. Dou um olho nas redes sociais e a primeira publicação que me aparece no feed é do @britoguterres . Um vídeo que mostra a manifestação onde milhares de pessoas pediram justiça por Odair Moniz. E por todos os outros que a memória conseguiu guardar. E há um arrepio imediato que me percorre o corpo, pela dor e pela força daquelas imagens, daquele manifesto. Pedia-se justiça. Nesse momento, na carrinha, o céu carrega em chuva grossa sobre os pára-brisas. A bátega estava direita com a tristeza funda. O ódio anda a renovar-se de forma medonha. E estas manifestações são importantes para manter o amor e a cabeça à tona da água. Mais 200kms. Vamos chegando perto da Galiza, comunidade autónoma. Haverão marcos e placas de estrada a indicar o último metro da cartografia portuguesa, mas já não há paragem nem revista. As fronteiras são praticamente invisíveis. Amistosas, parceiras. A língua dança de cá para lá com um pé em cada margem. Ao contrário das fronteiras que deixamos para trás no Portugal de 2024, que se impõem como muros, violentas e gravadas em lápides. Se as forças policiais têm de existir (não é uma afirmação, é uma pergunta), o que eu queria era encher-me de respeito e orgulho de cada vez que o assunto lhes passasse perto. Aos que fazem da sua farda um veículo de bem estar coletivo, de construção humana e amor, obrigada. Precisamos muito da vossa intervenção. Amanhã tocamos no Auditório de Galicia, Santiago de Compostela, pelas 20h00. Que veña quen veña para ben. Abraç/zos! Para bilhetes link na bio!Button
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Bonísssimo público do @coliseuportoageas obrigada pelo abraço de Domingo de manhã. Soube a torradas e café com leite, videojogos, desenhos animados, ao que vamos descobrindo sobre nós enquanto os anos se somam. Soube a Fuzeta, caranguejos violinistas, a pescadores e sábios de Inhanbane. E pelo meio o piano de Beethoven e Chopin nas mãos do António Oliveira, as cordas de Mozart, a esperança de Coolio e Pachelbel nos movimentos sincronizados dos músicos da maravilhosa Orquestra de Espinho. O Belo e a Consolação a acontecerem em uníssono. @cesario.costa , @Sara Botelho e @jorge_castroribeiro, ainda ressoam no corpo as nossas partilhas. Obrigada. #📸 Lara JacintoButton
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A Luta Contínua A força de um clã faz-se da soma das forças dos seus elementos. Das suas diferenças e talentos, da capacidade que cada um deles tem para proteger o outro, dar-lhe espaço e voz. Os @cla.musica são isto. Da bateria aos teclados, das vozes às guitarras. E depois uma unidade criativa abaladora. Aprendi muito, adorei tanto! Neste espectáculo, conheci um pouco melhor a @analuacaiano , que me fez bater o coração mais forte com a graça e intenção que mete no que faz, abracei o @eu.clides , que é um talento maior do que qualquer altura, admirei a @a_capicua , a sua palavra franca, escorrida, certeira. O Hélder Gonçalves? Maestro sem batuta que enche de respeito e bom gosto o lugar de cada canção. A Manuela. A Manuela é bondade. É manhã clara. E esse é o maior talento que uma pessoa pode ter. Além de todos os outros - absolutos - que ela tem e nos mostra em cima do palco. Forças bravas. Amanhã há mais uma sessão desta Luta Contínua, em Faro, @teatrodasfiguras . O repertório que compõe este espetáculo é boníssimo, viagem livre pelo sonho e pela vontade. Eu não estarei, mas façam-me um favor: vão no meu lugar! Que é bonito demais o que ali vai acontecer. 📸 @laisicp 🌷Button
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Passeio no Coliseu Quando há uns meses o Maestro Cesário Costa me telefonou a desafiar-me para participar no ciclo de concertos Promenade, fiquei feliz mas apreensiva. Explico já: É que além de algum do meu repertório tocado por uma orquestra, teria de sugerir temas de música clássica para a orquestra interpretar, explicando a razão da escolha dessa obra. Ora já se vê: a apreensão veio por não ser entendida na matéria. Que sugestões teria eu para dar sendo tão vasta e bela e complexa a música clássica? Mas o Cesário pôs os pontos nos is. “O que se pretende é que relaciones as tuas escolhas com episódios da tua vida. Que tenham significado”. E aí ficou mais fácil, porque há memórias que guardamos a preto e branco, outras que trazemos bem a cores, com cheiros, texturas e sons. Amanhã falarei sobre isto. AbraçosButton
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Na @livraria.poesia.incompleta, essa beleza pronta, os discos voltaram a estar secretamente disponíveis (vinil e cd) Ninguém sabe, ninguém conta. E se passarem por lá .. shiu… perguntem só ao Changuito quando vem a Setúbal frescar as costas no Sado.Button
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Obrigada, caro amigo, por este elixir de amor. Maravilhosos Assessores, que bouquet de flores raras 🌷 @municipio_tavira_oficial, abraços gratos. Imagens @municipio_tavira_oficialButton
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Ai bom! Hoje há Sérgio Godinho em Tavira! Canto com ele 2 pares de canções e que maravilha será. Digo eu em jeito de antecipada hora. Até logo!Button
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Aveiro, como é a dança? Já fiz o homem morto na Barra, já fui à escola como ver como andam aquelas paredes, ensaiei, preparei a língua, e tudo no meu peito diz que hoje há concerto! Vou com ele, essa riqueza — > @castellobranco É gente boa, bonito a partir de dentro, gentil, bem querido e amado pelas muitas e belas canções que escreve, canta, partilha. Hoje a noite de Aveiro será dele. Que o Cais da Fonte Nova se encha para o escutar. Eu entro lá pelo meio, cantaremos um punhado de canções juntos. Umas minhas outras dele, com calma, com muita alegria. Um abraço, até já. 22h00 !Button
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Ainda a assentar emoções da residência com as operárias. Mas continuando a receber a beleza dos encontros inesperados. Vou estar amanhã no Festival dos Canais, em Aveiro, com o @castellobranco para dois pares de canções minhas e dele. Esse menino é bom demais para que fiquem em casa numa quarta feira :) Fotografia 1 @veramarmelo 🌷Button
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Nunca tinha feito uma residência artística. Porque não sei compor com agenda, não sou dotada de grande conhecimento técnico, e escrevo a partir de um lugar muito tímido e reservado. Mas acho que acima de tudo porque se calhar nenhum dos outros convites me tinha chegado ao peito como este chegou. Quando me apresentou o Coro das Mulheres da Fábrica como parceiras de viagem, o João Silva da Blue House sabia que não me estava a dar hipótese. Que há coisas na vida que são irrepetíveis, e por isso mesmo irrecusáveis. Há uns anos descobri que sair para fora de pé me trazia muitas mais alegrias e lições do que ficar só quieta no meu canto. Que quando me forçava a ir, a pisar chão novo, a vida se revelava um lugar extraordinariamente mais rico e transformador. Esta residência não me deu tempo de passear em Coimbra nem de aproveitar o sol das esplanadas, mas deu para entrar no lugar mágico que estas mulheres criaram com este coro, onde a vida acontece plena, com risos, caras lavadas em lágrimas, abraços, graças e assuntos sérios. Aqui fala-se de economia, mezinhas para a voz, tecidos, política, filhos, sentimentos. Bebe-se vinho, come-se fruta, acolhem-se duras histórias de vida, canta-se a alegria e o que não pode ser calado, faz-se um verdadeiro serviço público. Esta semana, e entre exigentes compromissos de casa, família e trabalho, elas deram-me a sua terça, quarta, quinta e sexta-feira, para que no sábado pudéssemos entregar este Manifesto Manifesta a quem esteve na Praça do Comércio. E não obstante o esforço e impressionante entrega de cada uma delas a este gigante coletivo, preciso deixar um abraço maior à Neli, que na sua calma e discrição em muito acrescentou a esta experiência, e sobretudo à Vânia Couto, que no seu desassossego, compromisso com o outro e generosidade infinitas, soube sonhar um Coro onde cabem as velhas, as magras, as felizes, as que estão sempre a tropeçar, as que enchem as camisas de nódoas e todas as desafinadas do mundo. A Vânia impressiou-me muito. Foi uma grande prenda ter entrado na vossa fábrica. Obrigada também ao Sérgio Miendes, por estar sempre. E à surpresa que foi @simazzer Foto1 @fausto_da_silva Todas as outras: @veramarmeloButton
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Quinto dia Apresentamo-nos hoje na Praça do Comércio, em Coimbra, para partilharmos um pouco do que foram os últimos dias. O que eu sinto é que deixei a minha vida em suspenso na terça feira de manhã quando entrei na autoestrada do norte rumo à Fábrica onde iria encontrar estas 60 mulheres. Nunca tinha aceitado fazer uma residência artística porque o chamado ainda não me tinha chegado ao peito, mas ao apresentar-me o Coro das Mulheres da Fábrica como parceiro de viagem, o João Silva sabia que não me estava a dar hipótese. Que há coisas na vida que são inevitáveis. :) Venham connosco hoje. Às 17h00 há Três Tristes Tigres e logo a seguir seremos nós. Abraços Créditos imagens @tcerveira 🌷Button
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Terceiro dia Residência Artística Garota + Coro Das Mulheres da Fábrica As canções quando nascem trazem a extraordinária particularidade de serem em si mesmas uma e muitas outras. Depois quando decidimos espalhá-las no vento acabamos por ter de escolher o nome, qual o fato que leva, e se leva fato ou vai despedida, com brincos de princesa ou petardos - são muitas as escolhas a fazer. O Luca Argel o ano passado pariu dois gémeos, mas a gente sabe bem que podiam ter sido muitos mais. Que entre a eletrónica e a cappella há muitas outras possibilidades :) Mas então ela sai como naquele dia, naquele preciso dia, nos mandou o coração. Faz a sua estreia, e a partir daí é de todos os peitos e vidas que a aceitem por companhia. Nos últimos dias o coro das mulheres da fábrica tem acolhido algumas das minhas canções e as horas têm passado entre arrepios, pestanas encharcadas e a alegria de estar entre gente que se olha nos olhos, com entrega e verdade. As canções já são outras, são delas, são nossas. Viajaram ao fundo de outras vidas. As vidas que me trouxeram também com as canções do seu repertório e que introduziram na minha língua, no meu cabelo, na batida do pé. Grata lhes sou* Amanhã há Manifesta! Praça do Comércio de Coimbra, 19h00 em ponto! :D Abraços! Créditos imagens @tcerveira / @v2t_epicentroButton
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Quando era miúda e ia para Tróia com o meu pai adorava nadar para fora de pé. Entre o medo que dava e a alegria de o superar. Não ia para grandes distâncias, mas tentava passar sempre aquela linha dos banhistas que dividia o mundo em dois. A partir dela era como se estivesse sozinha no mar, integrando aquele azul profundo com capa de prata, que se estendia infinitamente à minha frente. Depois voltava-me para terra e lembro-me de achar curiosa a relação de cada uma daquelas pessoas com o mar, com o frio, com o medo. Mergulhos cheios, mergulhos fugidios, água pela cintura, pelo joelho ou só pelo pé. Havia para todos os gostos. Muitos anos depois descobri gostava de me deitar a fazer o homem morto. Um nome trágico para uma experiência que pode na verdade ser tão saborosa e mágica - quando se está vivo - de braços abertos a olhar para as nuvens, deixando o corpo repousar no sal e na ondulação que faz. E ontem adormeci a pensar nisto quando regressei ao quarto depois do primeiro dia de trabalhos da Residência que vim fazer com o Coro Das Mulheres da Fábrica, em Coimbra. Vim para cá com aquele medo que sempre acompanha a coisa nova, mas queria muito vir. Passei o dia fora de pé, agora a olhar para o infinito de forças que é um conjunto de 60 mulheres a usar a sua voz. Bateu forte. Mas senti a segurança que precisava para me poder deitar sobre aquela onda e cantar com elas de olhos fechados, que a beleza é o que nos torna os dias raros. Serão 4 dias de peito escancarado, que a operação é séria. E no sábado apresentamos o resultado do nosso encontro, pelas 19h00 na Praça do Comércio de Coimbra! OBRIGADA, Verão a 2 Tempos - Epicentro. Créditos imagem: @tcerveira / @v2t_epicentro @coro.das.mulheres.da.fabricaButton
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É que o amor só cresce / onde há tempo para crescer. Fiz esta música para a @beatrizfeliciofado no mesmo tempero do Dilúvio. Na mesma pergunta aflita de quanto nos vale a vida quando tudo em nós é corrida e pressa. Porque o amor - como as árvores, um projeto, um bolo no forno! - precisa de tempo para crescer. Nós precisamos de tempo para crescer, a viagem só acaba debaixo da terra. A Beatriz é uma menina, ainda, apesar do vozeirão. E vai apresentar o seu disco de estreia dia 21 de junho no CCB, num concerto com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Que seja o primeiro de tantos, que ela tem asa longa, como o seu talento. Últimos bilhetes na ticketline!Button
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Há lágrimas que não sabíamos que tínhamos. Ontem deixei muitas no Tarrafal. Pelos que ali foram desterrados sem julgamento nem sentença. Pelas indignidades que sofreram, as bastonadas gratuitas, as doenças que destruíam os corpos, os cuidados médicos que nunca chegaram, os trabalhos forçados nos músculos mirrados pela fome dos caldos cozinhados a partir de quase nada, os castigos na frigideira, o calor desumano, a correspondência desviada, as dores das famílias desmembradas, a saudade, a injustiça, a impossibilidade de gritar para pedir ajuda, a sede de água negada, a sede da vida roubada. Obrigada, Centro Cultural Português da Praia / Instituto Camões, pisar a terra triste daquele campo de concentração é episódio que fica comigo para sempre. Que as canções que ali passaram ontem possam aconchegar as almas que lá perdemos para a força ignóbil e bruta de 48 anos de ditadura. Obrigada também porque afinal me encontrei com gente com a qual o tempo se fez mais lento e bonito: @arykueka, afalcaomendes , @vandreajacky Hoje há concerto pelas 19h00 no Centro Cultural Português da Praia 🌷 entrada livre. AbraçosButton
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Obrigada, Amadora. A minha primeira memória sobre Zeca Afonso vem-me das tardes em que era obrigada a fazer a sesta. Por mim passava o dia inteiro na rua a brincar, mas pelos meus pais também tinha de comer, lavar-me e dormir. E as sestas aconteciam aí pelo meio. Mas eu não sou de grandes sonos e aquela sesta sabia-me a castigo. Até que o meu pai descobriu que eu adormecia quando ele me cantava a Maria Faia. Mas ele só sabia uma parte da letra - a parte que me cantava vezes a fio - e eu entrava naquele mantra, começava a sentir a cabeça a rodar, os olhos a quererem fechar-se... e adeus. E esta é uma memória feliz, porque apesar de não querer fazer a sesta, a companhia dele e daquela canção fizeram-me muitas tardes de carinho e conforto. E por isso, e por mais 100 ou 600 motivos, dediquei este prémio ao meu pai, que noutras tantas tardes tocava à viola o venham mais cinco e o Maio Maduro Maio e que, como a minha mãe, me deu força e vontade de fazer o meu próprio caminho. Espero que hoje o Zeca viva num lugar mais justo e mais claro, como aquele que sonhou para Portugal. Quem sabe se encontre com a minha mãe e façam um brinde pela nossa saúde e liberdade. Em minha casa tínhamos muito respeito pelo Zeca Afonso. Que bom que no Cineteatro D. João V também foi assim. Obrigada, @amadoramunicipio As fotografias são da bonita @anasofiacarvalho_photographyButton
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No sábado fomos a Peniche, 50 anos depois do dia em que foram libertados homens e mulheres que ali estavam presos por quererem um país melhor. Não tinham roubado ou tirado a vida a ninguém - eram trabalhadoras de fábricas que lutavam por salários iguais, jornalistas e escritores que repudiavam a censura, camponesas que se revoltaram com a fome dos filhos, gente politizada que defendia um Portugal com eleições livres. Homens e mulheres castigados por um dos braços mais pérfidos e desprezíveis que o poder autoritário pode ter: uma polícia política de plenos direitos, capaz de encolher um país inteiro sob o manto triste da ignorância, da pobreza e do medo. O novo Museu Nacional Resistência e Liberdade, inaugurado no dia 27 de abril, vem trazer-nos à memória os que lutaram para que deixasse de ser assim. Obrigada a quem fez isto acontecer. Vídeo: @pedroesemedoButton
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Hoje é dia de celebração no Forte de Peniche! Entrada livre, música livre! Desenho: Miguel Gonçalves 🌷🐦⬛Button
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Hoje é dia grande em Peniche, venham daí! O concerto é às 22h00 e cabem todos, sem bilhete!Button
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Sábado há concerto na inauguração do Museu Resistência e Liberdade, em Peniche! Quanta honra a minha, de pisar um chão habitado por gente tão brava e valente, que deu tanto da sua vida e liberdade por este país. Entrada livre ❤️Button
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Diga 33 | Nova canção! Perguntaram-me o que era para mim a Liberdade. Lembrei-me de algumas respostas poéticas, falei de campos de flores a perder de vista, árvores com baloiços, pássaros em voo aberto. Saíram-me rios e ondas dos olhos, lembrei-me de alguns livros. Depois reparei que há outras margens de liberdade: viver sem dívidas, estender culpas e remorsos ao sol, deixarmos de pensar que podíamos ter feito melhor. Às vezes podíamos. A maior parte das vezes não. À liberdade também ajuda que coloquemos os nossos preconceitos todos num tanque e os lavemos bem com sabão azul e branco. E que sequem ao vento (os preconceitos encolhem-nos os passos - eu sei do que falo - por isso façamos o esforço de nos livrarmos deles). Também me lembrei de dizer que é mais livre quem pode escolher como sai de casa vestido. Se vai de carro ou bicicleta, se cumprimenta as pessoas na rua. E quem usa a carteira de dias que lhe cabe em vida para fazer o que gosta, também sabe de Liberdade. As respostas são infinitas. E mesmo que a gente não saiba explicar bem o que ela é, sempre palpitamos o que ela não é. Pela negativa também se definem as coisas. Pela parte que me toca, escolhi que este 25 de abril fosse o dia de saída da canção que fiz de homenagem ao Sérgio Godinho. Pedi-lhe 33 títulos emprestados, resignificaram-se caminhos, juntaram-se parentes de sentimento. Se a Liberdade é a chamada, nunca mudemos de assunto! Música e Letra: Cátia Mazari Oliveira Arranjos e Produção: @sergiomiendes e A garota não Imagem: @miguel.goncalves.29 Bateria e percussão: @diogoarranja Guitarras: @renato_sousa_musico e Sérgio Miendes Baixo: Sérgio Miendes Teclado: Cátia Mazari Oliveira Coro: @filipa_tf , @maratguerreiro , Olinda Lima, @aruteviu , @saradoespr , @celinadapiedadeoficial , @patricia_raimundo , Ana Sequeira , @ettoimichel , @pedroesemedo , @sergiomiendes , @renato_sousa_musico , @miguel.goncalves.29 , @aplebite , Chango @livraria.poesia.incompleta Excerto Sérgio Godinho: entrevista @goncalobcorreia , @observador Viva quem fez ABRIL ❣️ Quem o faz todos os dias.Button
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A @marisaliz_oficial vem hoje tocar a Setúbal. Traz os seus Girassóis e Tempestades, disco onde se estreia a solo. E teve a generosidade de nos convidar a partilhar palco com ela nesta noite tão grande. Vou eu, a @claudiapascoal e a @aureamusica . Levo o Dilúvio e mais umas quantas mulheres. Venham daí que o Largo José Afonso é imeeennsso! 22h00 <3 A Abraços Foto: @altertecasButton
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Vamos à Amadora! Já não levo este cabelo, mas o coração tá-me a sair do peito como antes. Últimos bilhetes na bio.Button
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Um dia, algures em 2022, a @anabacalhau ligou-me a dizer que gostava que lhe fizesse uma canção, e que essa canção contasse uma história. Nunca tínhamos falado mas a Ana é familiar. Não pela linha de sangue mas pelo canal do ouvido. Há muito que lhe conhecemos o timbre, o riso, a palavra generosa. Fiquei feliz quando me ligou. E não tive de pensar muito, o texto foi nascendo de um lugar comum de desafio, de força e combate - foi nascendo a partir do nosso país, da história de quem cá passou, de quem cerrou os dentes e deu o seu melhor - e felizmente foram muitos a dar o seu melhor: homens e mulheres sem medo que a igualdade de condições, prazeres e direitos desvirtuasse a pátria… e a família. Compreendendo que sempre que elevamos alguém…crescemos com isso! Por nos darem tanto é uma canção de agradecimento. Sai dia 17 e o @j_o_a_o_p_o_m_b_e_i_r_o fez-lhe estas bonitas imagens. Bom domingo <3Button
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Ontem fui a uma consulta em Lisboa e o médico, depois de atender 3 chamadas mais ou menos supérfluas à minha frente, perguntou-me: onde vive? Em Setúbal, disse-lhe. Ah, Setúbal! vou lá muitas vezes almoçar. É uma bela cidade, disse de sorriso aberto. E no momento seguinte fechou a expressão: É uma bela cidade mas tem um grande problema. E calou-se, à espera que eu concluísse a sua charada. E eu comecei a dizer disparates como hipóteses, adivinhando onde é que ele queria chegar. Foi acenando que não com a cabeça e aí aconteceu a tremenda revelação: o problema é aquele bairro. Respirei fundo e falei-lhe de muitas coisas. Há momentos em que grandes médicos se transformam em pequenas trilobites. Não reproduzo para vos poupar. Queria dizer com isto que hoje saiu notícia do Prémio José Afonso. Agradeço muito. O Zeca Afonso (como o meu pai, como o Sérgio, como o ZMB) foi um homem que, na arte e na vida, me mostrou a não deixar passar. A não permitir. Que a ignorância e a desfaçatez precisam de ser acolhidas com muito cuidado, com muito combate. Obrigada, abraços!Button
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Num dia desalentado escrevi sobre o flagelo da vida passada a recibos verdes. Tinha 35 anos e não conhecia outra realidade. Dar tudo o que tinha em cada coisa que fazia e encontrar uma balança tão revoltantemente desequilibrada entre direitos e obrigações, num Estado que me empregava, que me exigia contribuições ridículas face ao que recebia, mas sem alguma vez me reconhecer o direito de ficar doente, ou de ter subsídio de alimentação, horas extra, férias pagas, ou subsídio de desemprego. Nesse dia chorei a partir de muitos lugares. Do lugar da mágoa, da raiva, da frustração. E pelo meio disso lembrei-me de um mural que havia no meu bairro. Era feito de cravos e tinha escrito Liberdade! A Liberdade que agora me faltava - a Liberdade que o trabalho precário, desvalorizado e mal pago me retirava. Muitos anos mais tarde a Helena de Sousa Freitas trouxe-me o mural de volta. É a ultima fotografia que se vê aí em baixo. Quando abri o email dela e vi esta imagem aconteceu-me um daqueles arrepios das profundas, de quando vamos lá atrás e se interrompe o presente. Há umas semanas este muro, exatamente o mesmo muro, foi novamente pintado. Houve ligeiras alterações ao figurino dos ‘trabalhadores independentes’ mas os recibos verdes continuam a saber muito mal a quem os passa sem poder escolher outra coisa. Falamos muito de liberdade mas andamos com algemas nos pés. Obrigada ao projeto “Histórias que as Paredes Contam”, por trazerem cor e mensagem a este muro cinzento. Obrigada a quem deu do seu domingo para que isto acontecesse. AbraçosButton
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Há quem traga mais um, há quem traga um conjunto. É assim o João Gesta. São assim as suas Quintas de Leitura: surpreendentes espaços de reunião e asa, de liberdade e casa, onde a poesia se faz a partir de tudo o que se manifeste em cada um de nós. Obrigada, Gesta, somos-te gratos. Fotografias: © Pedro Sardinha/TMP Imagens projetadas: Ana DeusButton
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Balada da Rita A Rute um dia teve uma filha a quem chamou Maria Rita. Deu-lhe este nome por causa de uma música do @sergio.godinho.oficial Gosto de pessoas que escolhem nomes porque um dia se apaixonaram por canções A Rute um dia apaixonou-se pela Balada da Rita. E agora não dá para cantar a Balada sem me lembrar da Rute e da sua Rita. Não aconteceria, se a Rute tivesse chamado Matilde ou Constança à Maria Rita. Mas foi como tinha de ser. E acho que ela acertou em cheio. E quem tratar de a amar saberá estancar o seu sangue saberá erguê-la do chão. 💌 Obrigada por mais um registo @nuno_g_martins 🥲Button
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Ontem o @sergio.godinho.oficial voltou ao @coliseudosrecreios e levou-nos a todos consigo. Fiz-lhe uma canção para lhe agradecer por tudo, pelos mais de 50 anos de canções que nos tem dado. Pelos livros, pela esperança, pela comunhão que acontece de cada vez que nos fala. Esta letra é feita a partir de 33 títulos de canções suas. Ao Sérgio, o que pudermos dar é pouco. Que ele em nada se poupa, dá tudo o que tem. Diga 33 Espalhem a notícia na Lisboa que amanhece se O galo é o dono dos ovos à mulher, o que acontece? Cão raivoso, Aguenta aí! a tua fala é uma Emboscada Tem Embalo e Matraquilhos E sabe A Noite Passada Liberdade, Dias úteis Horas extraordinárias Etelvina, Rita, Alice tantas lutas necessárias Cuidado com as imitações e as Bíblias desse deus ateu Há bilhetes de ida e volta Salazar nunca morreu Toca e foge, Não respire! Mais uma canção de medo Antes o poço da morte Do que cantar em segredo! Liberdade, Dias úteis Horas extraordinárias Homens de sete instrumentos tantas lutas necessárias Pode alguém ser quem não é? se for só Contrafacção? quando o Lobo vai à missa… sai de lá um Charlatão Obrigada, caro amigo pelo Elixir de amor plas Canções que são abraços ao partir, Parto sem dor Até domingo que vem! O sonho não será defunto! Se a liberdade é a chamada nunca Mudemos de assunto! Obrigada pelo registo, @nuno_g_martins 🩵Button
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Hoje fui à sede do @osetubalensejornal buscar o meu Golfinho de Ouro! E devo dizer-vos: um prémio dado pela nossa cidade tem um gosto mesmo especial. A primeira vez que vi um golfinho foi num ferry-boat, na travessia para Tróia, onde passei parte generosa da infância. Tudo ali era possível. Dar mergulhos voadores, juntar exércitos de carochas para depois as ver partir, comer gelados de laranja, andar sempre em tronco nu. Três meses de liberdade, em férias de verão que nunca mais acabavam. Até que acabaram. Um dia chegaram os catamarãs e toda a revolução paisagística do lugar. Foram torres abaixo, ergueram-se novas, redesenharam-se os caminhos de acesso às praias que sabíamos de olhos fechados até deixarmos de os conhecer de olhos abertos. Tróia tornou-se inacessível à população. O canal do rio Sado não alargou; o preço dos bilhetes é que subiu desavergonhadamente, até excluir os que não interessam. Perdemos a praia que era de todos. Tróia está a ser vendida a retalho. As dunas (e a sua flora e fauna) têm sido - estão a ser - arrasadas pela construção de condomínios de luxo. E isto não é novo. Mas a segregação social desta nova gestão, é. Porque nunca antes a população foi posta de lado. É uma separação em que o passaporte é a carteira. Quem está a explorar Tróia comprou o seu edificado e construiu novos hotéis e valências, mas não comprou a praia. Não pode decidir quem atravessa o rio, não pode decidir quem entra e respira no espaço público - no espaço de todos. E à boca de mais uma época balnear (e com as praias Arrábidas completamente lotadas), está mais do que na altura de rebentarmos com esta bolha de privilégio. Mas precisamos que a classe política local queira posicionar-se num bloco unido, forte e bem mais assertivo do que tem sido até aqui. E precisamos também, cada um de nós, de fazer mais do que falar em esplanada e facebooks. O grande ponto não é sobre ir à praia ou não. É sobre Portugal. É sobre soberania ameaçada. Obrigada O Setubalense e @RádioPopularFM90.9 E que a gente nunca deixe de poder ver golfinhos ao final da tarde, ao sair da praia.Button
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Hoje em dia confundimos muitas coisas: entretenimento com jornalismo. Fogo de artifício com trabalho. Mau gosto com assertividade. Estupidez com verdade. Pouca vergonha com salário. Precisamos de jornalistas. Um país livre precisa de jornalistas. Vou estar hoje a partir das 18h00 com o @sergiomiendes no Largo Camões a participar na greve geral dos jornalistas. Participem, que a democracia precisa de um país que se importe.Button
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Quem tem medo de Zurita de Oliveira? Há um documentário a acontecer que resgata do apagão da história da música em Portugal uma figura sobre a qual nunca tinha ouvido falar. Fosse ela a primeira mulher a fazer música com tupperwares para donas de casa e talvez a história lhe fosse mais favorável. Mas não, era mulher e teve o atrevimento de fazer música rock no Portugal dos anos 60. Compunha, escrevia, cantava e fazia solos de guitarra, à frente da banda que formou e que fez seguir estrada fora, de norte a sul do país. E a @francisca_marvao , já experimentada nestas coisas da história seleccionada (é dela o filme sobre as mulheres e o rock em Portugal) propôs-se agora trazer à fala um pouco desta Zurita que ninguém conhece, num documentário onde temos sido muitos a participar. Mas precisamos que a participação seja maior e por isso este sábado, 16 de março, a @smup_parede vai receber uma festa para angariação de fundos para a finalização do projeto. Haverá concertos com: ✨ @mariana.b.camacho ✨ @damabete ✨ @frik.sao ✨ @anarchicks ✨ CIGARRA ✨ PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DAS ZURITAS ELÉCTRICAS . 🎯 OFICINA COM RITA NABAIS - Histórias do Rock para Pais Fanáticos e Filhos com Punkada . 🎯 EXPOSIÇÃO SARA FRANCO Para mais informações: @zuritadeoliveira.film @umaovassociacaoButton
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Nesta foto tou com cara de quem ficou a meio da palavra mandinga, mas o convite é sério: vai haver encontro na @spautores esta quarta-feira com pequena conversa e 3 ou 4 canções. Se não tiverem que fazer e com vontade de ver o @sergiomiendes , apareçam :) Eu também hei-de aparecer (e com os lábios noutra consoante). Um abraço!Button
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Ficar um brilhozinho nos olhos Quem me vai acompanhando sabe que gosto de partilhar novos projetos e talentos. A semana passada dei com este rapaz - @sergio.godinho.oficial - a dar uma entrevista sobre o espetáculo que está a preparar para apresentar nos Coliseus. Ainda a começar a carreira e já os Coliseus?, pensei eu. Adiante: achei boníssima a conversa, fresca, com graça. Boa cabeça. E no final passaram uma das suas canções. E aí.... aconteceu-me o primeiro dia do resto da minha vida. Achei por bem partilhar convosco, não vá algum de vocês ter perdido aquela entrevista ;) Lisboa já está esgotado! Porto, os últimos bilhetes estão à vossa espera! AbraçosButton
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Cresci com esta voz que falava dos anos noventa bem medidos, do corpo em câmara lenta, dos corações mais distraídos, da matéria mais cinzenta. Uma voz que mais tarde me voltava a surpreender com o curativo saído de um disco-pérola chamado Mínima Luz: diz quem procura uma cura / que ela está dentro do mal / no veneno que é das flores / nos muros duros de ouvido / e no perfume das cores. Os Três Tristes Tigres estão aqui faz tempo. E sempre que voltam trazem à vida e à arte novas possibilidades. E isto é raro, porque difícil. Foi uma grande alegria ser chamada por eles a participar neste Exodus. Todos nascemos migrantes. Todos nascemos migrantes. Obrigada, Ana Deus, Alexandre Soares, Regina Guimarães. https://www.youtube.com/watch?v=hMeiVUhqMswButton
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Há vídeos que ficaram por publicar e está na hora de meter isto em pratos limpos, que o fim/ princípio do ano é propício a balanços, fechos de contas sentimentais, promessas, e todo o tipo de listas de boas intenções para um ano melhor. É também um tempo bom para resgatarmos coisas que deixámos para trás só porque afinal não conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo. Mas foi bonito o momento, aquele em que em pleno @maatmuseum se flanou sobre literatura e poesia, que outra coisa não são que a vida sob outro nome. Em tudo lhe sobrando, em tudo lhe faltando, que o poeta, por muito obstinado, virtuoso de palavra e sensível que seja, nunca poderá colocar no papel aquilo que a alma angustiada sente quando o corpo a mergulha no mar salgado. Obrigada, Chango, pelo convite @livraria.poesia.incompleta @sergiomiendes @pedroesemedo @valverdeverdeverdeButton
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Dos RP’s: Noutras publicações falei dos amigos, dos técnicos, dos convidados que - com o seu trabalho e talento fazem os projetos crescer. Mas há outras frentes semi-invisíveis, como a da comunicação e promoção - a casa onde conheci a @saradoespr e o @ricardojsilvar, que, para quem chega como a maior parte de nós à praça, sem editora nem patrono, são pessoas chave. Foram para mim, para que a minha música chegasse a mais lugares, e nesses lugares se fossem multiplicando os ouvidos. Não temos fotografias juntos - o que é uma pena. Mas tenho este cartaz com muitas das paragens onde estivemos - onde eles nos ajudaram a estar. Abraços Design @jerikodesign Fotografia @detroinoButton
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Dos técnicos: É também deles um quinhão significativo do que acontece em cima de um palco. Raramente os vemos quando vamos a um concerto. São uma presença discreta, quase invisível. Mas eles estão lá: - na régie, depois dos testes da tarde, onde cuidam do som e da iluminação, potenciando os talentos dos que estão em palco e amenizando as suas fragilidades. - nas laterais de palco, encobertos, de roupa escura e silenciosamente. Têm malas equipadas com tudo o que tem à mão um bom discípulo de MacGyver: máquinas de soldar, alicates, fitas de natal, poemas de António Aleixo e Irene Lisboa, pasta de dentes, canivetes suíços, crina de cavalo, fita gafa, pétalas de rosas apanhadas na Bulgária, conchas virgens de Tróia, marcadores fluorescentes, cordas de guitarra prontas para entrar em campo e um saco extra de sangue frio, que as pontas que às vezes seguram são tantas que não lhes basta o que corre no corpo. São os técnicos de backline e roadies, profissionais de mão cheia que montam e desmontam o que aparece em palco tão pronto aos olhos de quem se senta na plateia, que fazem trocas de guitarras, ligam amplificadores, assistem a tudo quanto acontece naquele espaço-tempo que é um concerto (incluindo pós e prés). - E depois ainda há quem trate da produção, do catering, da condução, das relações em todas as frentes. São os produtores, doutorados em diplomacia e bom ambiente - diploma prático, obtido em muitos e efetivos sábados de estrada e trabalho. - E no meu caso, além dos que já referi em cima, ainda tenho a felicidade de ir-indo, sempre que dá, com quem trata da fotografia e do vídeo, faz telediscos, opera projetores, regista, reforça, embonita. Lembro-me da Adília Lopes e penso que tenho um tríptico de sorte: é que além de serem bons profissionais, são bons seres. E é isso que torna as pessoas sexys!… Não é tudo um mar de rosas, mas poderá isso ser? Obrigada Sandra Cardoso, João Gabriel, Vasco Cabeçadas, João Moles, Mário Guilherme, Hugo Valverde, Joana Mário, Ricardo Costa, Pedro Semedo, Roger Madureira. Imagens: Mario Guilherme - Director Of Photography, Pedro Estêvão Semedo e Nuno BatistaButton
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Estive uns dias em reflexão - e a recuperar de maleitas derivadas do rodopio - e no entremeio o Pedro fez-nos este recap dos concertos do CCB e da Casa da Música. Vejo isto e sinto tantas coisas diferentes! Como foi para vocês? Teve direito a lágrima? Viagem a algum lugar? Resolução de dia seguinte? Bocejo de tédio? Bexiga em desespero? Como foi para vocês? Gostava de saber :) AbraçosButton
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A música, como o amor, acontece de múltiplas formas, nomeadamente em ilustrações. Estas foram feitas pela @cristinavianaillustration para algumas das canções do disco 2 de Abril. São 6, Edição limitada, numeradas e assinadas: - Há quem traga um conjunto - O tempo passa tipo míssil - Vem em expedição ao centro do meu corpo - O amor é bom - Tanto Talento gasto em vão - Vou dizer-te sempre que sentir saudade Onde estão elas? Aqui: https://agarotanao.bandcamp.com (link na bio) PRINTS A GAROTA NÃO X CRISTINA VIANA DIMENSÕES: IMAGEM 397X300 / IMAGEM COM MARGENS 485X330Button
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Então! Habemos Vinil 2 de AbriiiiiiL! É duplo, colorido a verde e magenta, tem um booklet muito lindo desenhado pela Ana Polido e foi produzido pela @grama_pressing - única empresa a fazer cá disto, em PT. As encomendas neste momento são exclusivamente feitas através do Bandcamp (link na bio) É lá, no Bandcamp, que encontram também: - as últimas unidades do VINIL RUA DAS MARIMBAS - e os prints/ ilustrações que produzi em parceira com a Cristina Viana. Até já :) PS: não fazemos encomendas por instagram, facebook ou WhatsApp. Por incapacidade, mesmo.Button
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Oh, @casadamusicaporto , que noite valente e valiosa! Oh, @veravista @sandra_baptista_ , @renato_sousa_musico , @iuri_perc , @sergio.godinho.oficial , @epmespinho , que alegria no nosso encontro e abraço. Há um movimento a acontecer, há muita gente que quer ser mais do que a gente que fica atrás de um monitor, muy heroicamente, a maldizer tudo e todos, fazendo aquele absoluto nada pelo seu vizinho, pelo seu bairro, pelo país que tanto critica. Insurgindo-se ou comentando jocosamente a vida dos outros, o lugar de escolha dos outros, a fala dos outros, o pensamento que alguém expressou sem que como gente que valha, tivesse tido algum dia o seu próprio pensamento a respeito de coisa importante, como tantas há, que nos convocam a todos. Há muita gente a querer mais deste tempo, dos anos que teremos pela frente. Este agora tão duro e tão frágil em que estamos. Temos sonhos e vontade. E um lugar coletivo por cuidar. Abraços, Obrigada por tudo. Imagens por @pedroesemedo e @marioguilhermedopButton
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Uma adorada amiga lembrou-me outro dia deste jogo de “polo aquático” que fizemos há uns anos. Estava na baliza de castigo porque ia partindo o nariz ao namorado dela com um remate mais apaixonado que me saiu. Ser intensa tem destas coisas. Hoje tocamos na @casadamusicaporto, é o último concerto desta tour. E prometo, vamos dar tudo. O concerto começa às 21h30 em ponto. Venham com tempo, que o início é fundamental. Abraços 💌Button
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Dos amigos: Um dia ele disse-me o que alguém importante lhe tinha dito muitos anos antes: toca com os teus amigos. Percebi. Já me acontecia, talvez por ser reservada, talvez por me sentir mais protegida. É que com amigos a gente discute e bate de frente com o desacordo. Mas é tão grande o desconforto que ainda a noite não chegou e já nós estamos a olhar para fora da nossa janela a ver se há luz ou alguma bandeira naquela casa que também é nossa, que conhecemos bem. Vamos crescendo em conjunto, somos limitados na apreensão do redor. Forçosamente limitados - porque não somos ubíquos e o caminho da sabedoria é sempre inacabado. Os nossos olhos dão-nos muitos mundos, mas nunca nos poderão dar os mundos todos. Pedimos desculpa. Às vezes falamos, outras vezes um abraço. E depois há os caminhos que vamos levantando e as pessoas que nele estavam já caminhando, a colher flores e frutos de muitas épocas, a replantar com a calma macia de quem confia no tempo, a flanar entre cães e livros, a bater palmas com força para espantar os corvos - que ficam mais bonitos de asa solta, preta-azulada como o fundo do mar. Foi de todos estes amigos que se fez o concerto do sábado passado no CCB - e a todos eles desejava eu teletransportar para o Porto, para fazermos mais bonita a festa. Mas a vida tem os seus caprichos - deu-nos o dom de sonhar mas não o da desmaterialização temporária, não é vero @sandra_baptista_ , @sergio.godinho.oficial , @renato_sousa_musico , @iuri_perc , @lucargel @francisca__camelo , @epmespinho ? E daí quem sabe. :) Até já, Porto! @casadamusicaporto As fotos são da @marisacardoso Marisa <3Button
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Para o Centro Cultural de Belém, com amor. Passei meses a sonhar os concertos de fecho do disco 2 de Abril. Quando digo sonhar quero dizer daquele estado bem acordado e consciente em que comecei a escrever todas as ideias que me aconteciam. Do vídeo ao cenário, da iluminação às sonoplastias. Das tantas pessoas que adoraria ter em palco comigo nessas noites. Das maneiras como poderia desenhar um alinhamento-narrativa que valorizasse o lugar de cada canção. Para que depois de quase 100 concertos com este disco, ainda pudesse ser uma noite rica, rara, diferenciada. E escrevi muito e doidamente. Depois chegaram as semanas em que os pés se foram aproximando do chão e percebi que sonhar faz bem mas que a moderação é uma arte - e um belíssimo sistema de preservação humana. Então despedi-me de alguns desvarios e pulverizei os cadernos de apontamentos com perfumes mais suaves e muita calma. Até que chegou o ponto - aconteceu perto do início de novembro - em que soube exatamente o que queria fazer. O que veio a seguir foi dar esqueleto a essas ideias e botá-las em pé. Foram muitas dezenas de emails, reuniões, whatsapps, conversas. Com técnicos, amigos, realizadores, convidados e equipa. Fui arrumando melhor cada assunto, ouvindo, melhorando, aceitando, resistindo. No dia 2 estava cansada mas feliz com o que tinha para entregar. Desculpem se foi demasiado longo. Obrigada também por se terem / nos terem entregado tanto. Noutra publicação falarei dos convidados, que o texto vai longo e tenho sobre eles um tanto que dizer. Este sábado, 9 de dezembro, estaremos por fim na @casadamusicaporto para cumprir o derradeiro concerto. Começámos em Coimbra, mareámos costa acima e abaixo com o rio sado na garganta. E é no Douro, rio irmão, que terminamos a nossa viagem. Venham. Com ondas e flores no peito <3 As boníssimas fotos são da @marisacardosoButton
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Chegou o dia! Hoje temos encontro marcado no CCB <3 O concerto começa às 21h00 em ponto. Venham com tempo para estacionar e sentar sem correria, para saborearem um pouco melhor a vi(n)da. Ah, e também porque prepareuma playlist de propósito para este dia. Chama-se Setúbal não é só choco frito. :) Estou feliz por vos saber connosco. Tragam abraços para a troca, eu tenho muitopara vocês. 💌 🦕 Há uns dias estivemos no @municipiolourinha.ig , terra da melhor aguardente, dos dinossauros e de boa gente. E trouxe de lá estas lindas fotografias, que o querido Rafael Malvar @hyggedoeste nos ofereceu.Button
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Este ano tive muitos presentes. Tocar com este tão jovem ensemble foi um dos mais preciosos. O prédio ficou muito mais alto @epmespinho <3 O vídeo é do @pedroesemedo , como sempre. Não por hábito, mas porque ele os faz muito bem.Button
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E chegam por fim as últimas viagens da traineira 2 de Abril! Este sábado estaremos no CCB. Quem vem, quem? Temos surpresas tão boas para vocês 💌Button
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Vou estar com este e outros bonitões ( @ruidavidluis @tiorexmusic @celinadapiedadeoficial ) daqui a pouco na vigília pelo Serviço Nacional de Saúde que vai acontecer junto ao hospital de S. Bernardo, em Setúbal. Porque queremos cuidados médicos dignos para todos. Médicos de família para todos, profissionais bem preparados e bem pagos, investimento em investigação, hospitais a funcionar integralmente, sem fecho de serviços pela exaustão das equipas, tanta é a falta de recursos humanos. Queremos serviço público! Venham também!!Button
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Na próxima sexta feira (17 nov) vai acontecer uma vigília importante junto ao Hospital de S. Bernardo, Setúbal. Médicos, enfermeiros, auxiliares, comissão de urgentes, sindicatos e câmaras vão lá estar a reivindicar que se olhe para o Serviço Nacional de Saúde com respeito. Que se tratem funcionários e doentes com a dignidade que está a faltar todos os dias. De esperas infinitas, atendimentos negligentes e desmarcações repetidas por falta grave de recursos humanos, a situação tem vindo a ficar cada vez mais difícil e revoltante. A gente vê na televisão e sabe que o cenário se repete em vários pontos do país, e se não fizermos alguma coisa enquanto o SNS ainda não está completamente entregue a empresas privadas, depois pode ser tarde. A vigília vai acontecer entre as 19h00 e a meia noite. Eu, a @celinadapiedadeoficial , o @ruidavidluis, @tiorexmusic e @sergiomiendes vamos lá estar às 19h30 para tocarmos umas canções e darmos a força que pudermos ao momento. Venham também, venham! Valem cartazes, faixas, lonas. Tudo! Abraços 💌Button
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É na @livraria.poesia.incompleta que existem as últimas unidades do disco Rua das Marimbas (versão CD). É lá também que habitam alguns exemplares dos mais belos e desafiadores livros de poesia levados à estampa. Fora os clandestinos, os nunca editados, os apenas sonhados. Os que não interessam a ninguém, malditos, repudiados e os que caíram nas graças de toda a gente - conhecendo reedições, críticas inflamadas, elogios planetários. Bem quistos e con-sagrados, nascidos antes de Cristo, de preferência. Bom de ver: há para todos os gostos e para quem tem gosto nenhum - a não ser o de encontrar na poesia algum divertimento, regozijo, antídoto. Algum consolo para os dias que vamos comendo ao jantar enquanto evitamos ligar a tv. Aviso: à frente deste esquadrão vão encontrar personagem que ao mesmo tempo estremece, apaixona e desarma: dá pelo nome de Mário Guerra (Changuito para os amigos - raros entre os humanos). Rapaz louco o suficiente para ter criado não apenas uma livraria … mas uma livraria dedicada … a poesia! Situa-de a dita: na Rua de S. Ciro 26, em Lisboa. Aberta de terça a domingo entre as 11 e as 19h49Button
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Obrigada, Sociedade Portuguesa de Autores. E sobretudo obrigada a vocês aí desse lado, que têm vindo aos concertos, reclamado com as rádios para que sejam espaços mais democráticos, comprado discos, dado o vosso apoio de tantas formas. Abraços 💌Button
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Transcrevo (desafiando-vos à visita): A @casafernandopessoa é a casa que foi habitada pelo escritor nos últimos 15 anos de vida. Tem uma exposição em três pisos, sobre a vida e obra do poeta e uma biblioteca especializada em poesia mundial. É um lugar de literatura que cruza memória, criação literária e leitura. Fica em Lisboa, no Bairro de Campo de Ourique. E foi lá que estivemos há uns dias, no Lisbon Revisited, Festival Literário que integrámos com prazer e honra. E connosco levámos Florbela Espanca, @joaoquadros2 , José Carlos Barros, Márcia, Fiama Hasse Pais Brandão, Camilo Castelo Branco, Mário de Sá Carneiro, Sérgio Godinho, Eugénio de Andrade. Não calhou levar Hélia Correia mas trouxe-a comigo para Setúbal, que há pessoas que nos entram pelo quarto adentro com uma delicadeza e bondade tão grandes que nunca mais as deixaremos ir embora. Foi uma tarde de chuva tão feliz. As fotografias são do @vitorinocoragem / Casa Fernando Pessoa. Abraços <3Button
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Estes bebés estão a chegaaaar! Rua das Marimbas em VINIL, que coisa linda! A edição é limitada (não pelo prestígio mas pela capacidade de investimento 😅). A partir de segunda-feira à solta por esses caminhos. Quem tiver interesse em saber preços e envios: encomendasgarota@gmail.com Vão receber msg automática com as infos, está tudo bem. Não é bote 📣 Não me mandem msg privada por aqui, por favor. Que preciso juntar tudo só num canal. Design @a.n.a.polido Produção e vídeo @grama_pressingButton
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Loulé Fechámos ontem o ciclo de concertos-manifesto do @festivalpolitica . Foi um espaço importante para mim neste ano corrido, assentou-me. Ir lá atrás às nossas memórias pode ajudar-nos muito a fazer o caminho que vem, se formos justos com os nossos erros e falhas, com as nossas dores. São bons pontos de partida. Não temos de carregar baldes de mágoas, culpas e remorsos para sempre. De vez em quando podemos lembrar-nos que eles existem para nos manterem atentos em alturas mais desavisadas, mas é bom que saibamos passar ao largo, a bem do dia que começa e do que está aí por construir, que é tanto. Ontem depois da apresentação e já de saída do @cineteatrolouletano encontrei 4 professoras. E ouvir uma delas dizer, com lágrimas nos olhos, que aquilo a tinha repescado e dado forças para não se calar perante a realidade da sua escola, fez-me a noite. E o dia de hoje e amanhã. E os próximos… que a maior riqueza desta vida de estrada, é esta possibilidade de nos inspirarmos e desafiarmos uns aos outros, pele e ossos adentro. Volto para Setúbal desassossegada e feliz. Desta vez de carro, que o temporal dos últimos dias não deixou a traineira sair do cais. Obrigada Sérgio Miendes, sempre cá. :) Abraços. 📸Alexandre EliasButton
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Há pessoas que contribuem para o rasgo dos lugares. Na @epmespinho uma delas chama-se @andretiagogomes. Por culpa dele partilhámos aventura com um ensemble de 15 cordas, e gostámos mais que muito, que ao fim de dezenas de concertos ainda vem o prazer de redescobrir algumas canções. Aconteceu com o Prédio mais Alto, a Canção a Zé Mário Branco, Não sei o que é que fica, e este Dilúvio, que aqui serve de fundo a este vídeo-registo, com o som gravado em direto, de chapa, com imperfeições, mas sentido com verdade. Obrigada ao Francisco Ribeiro e ao @nunocuadra pelos arranjos belos e gentis. Obrigada ao professor Trevor e a estes jovens músicos, pelo quente que me deixaram no peito. 🎥 @pedroesemedo 🦩 AbraçosButton
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E no fim duas palavras só porque contêm em si milhares de outras e a todas suplantam no sentimento: - Muito obrigada. @ccbelem e @casadamusicaporto - Esgotados. 🎥 @pedroesemedoButton
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Espinho: Gosto de cidades onde gatos e cães de rua - não tendo as famílias que os ganhem - têm pelo menos vasilhas de água e comida espalhadas pelos cantos. Gosto de paredes desenhadas, das memórias que invocam, das frases-poema que nos chamam a estar presentes exatamente ali, naquele perfeito momento. Gosto do colorido extravagante dos barcos de pesca, dos nomes das filhas escritas a molde, dos nomes dos sonhos pintados na madeira que enfrenta todos os mares. Gosto de acordar muito cedo e ver o céu em fogo. De caminhar enquanto as chamas desse sol nascente me inundam por dentro. Gosto de chaminés. Lembram-me Setúbal - porto seguro. Lembram-me da avó que só conheci pelas histórias que a minha mãe contava nos anos das fábricas de conserva. Em Setúbal, como em Espinho, chegaram a ser centenas. Como em Espinho, hoje não resta nem uma. Ficaram as chaminés, as mãos cortadas nas latas, no gelo, na amanha do peixe. Enriquecemos muitas casas com o trabalho das nossas mulheres - mulheres em cujas casas faltava sempre tanto. Gosto de tanques de roupa, lembram-me dos dias em que ainda lá cabia de cócoras e a minha mãe, para grande alegria nossa, nos dava banhos de sabão azul e branco no parque de campismo da Toca do Pai Lopes. Gosto de estendais na rua e do que representam. Que a paz de um bairro não se faz de esquadras de polícia nem de alarmes da Securitas. Mas da confiança de podermos deixar portas e janelas abertas nos dias quentes, carros distraidamente destrancados, roupa estendida num conjunto de cordas agarradas em paus toscos, que usa quem quer. É uma visão romântica. Prefiro assim. Levo de Espinho uma alegria grande, que contrasta com o céu desta manhã de estrada, onde descemos ligeiros. Uma alegria feita destas paisagens que vos descrevo, mas sobretudo do concerto que aconteceu ontem. Conheci miúdos para quem a música é mais do que uma opção. É uma necessidade. E isto deixa-me muito entusiasmada com o futuro da música em Portugal. Obrigada, @epmespinho , por esta tão saborosa provocação. @auditoriodeespinho 📸 de concerto Carlos OliveiraButton
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Espinho recebe Setúbal para a 38ª jornada do campeonato ❤️🔥 O árbitro já avisou que em vez de cartões amarelos e vermelhos levará consigo uma cartolina a dizer “Casa comigo, @sergiomiendes !” O Setúbal preparou um alinhamento fortíssimo e vai entrar em palco num esquema de 3 + 15 com o maravilhoso Ensemble de Cordas da @epmespinho . A treinadora justifica a opção do extraordinário número de players com a necessidade de fazer frente à exigente plateia de espinhenses que esgotaram o estádio antes mesmo dos bilhetes terem sido postos à venda (sensacionalismo :P) Partida transmitida hoje em direto no Auditório da Academia de Espinho, a partir das 21h30. Vídeo RTP Arquivos Programa Domingo Desportivo 1988 Vitória Futebol Clube vs Sporting Clube de EspinhoButton
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Ando com umas viagens em atraso. É que a vida está rápida de mais para o meu passo. Mas faltou-me dizer: Obrigada Albergaria-a velha / @cineteatroalba , que desconhecido lugar tão bom, tão ávido e generoso. Obrigada Castelo Branco / Cineteatro Avenida, pela ciranda tão cheia de prendas e abraços, pelo concerto que se foi fazendo quente na escuta silenciosa de quem sente. Obrigada Leiria, que as pedras, como dizia o @garridogui , devem servir muito mais para criar pontes do que para construir castelos. Parece muito óbvio. Devia ser, mas não é. Foi um prazer imenso conhecer um bocadinho do mundo @omnichord.pt De resto, agradeço aos lugares para vos agradecer a vocês. Que a melhor materialização destes longos dias de estrada é encontrar-vos nos concertos. Abraços. Cred. 📸 <3 @idalecio.francisco // @joaonunosilvaButton
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@festivalpolitica Foi uma revolução interna preparar o concerto-manifesto do Festival Política. Hesitei de contar o que foi sendo a vida, mas a vulnerabilidade, a tristeza, o desencanto são espaços de aprendizagem infinita, se os soubermos ver de vários ângulos. E partilhá-los aproxima-nos do essencial: de um estado de humanidade menos vaidoso e presumido, tira-nos camadas, traz-nos mais humildade e paz aos dias. Obrigada a quem esteve ontem e a quem leu para o conjunto. Ótimos leitores. Foi uma linda viagem. Abraços de domingo, que são mais demorados. Hoje há manif pela habitação. Estaremos em Lisboa. 📸 Miguel AndradeButton
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422 milhões. No final de cada semestre a comunicação social traz-nos a boa nova: as gasolineiras continuam a conseguir crescer nos lucros. Sorrimos, temos feito um bom trabalho como accionistas destes cartéis. Contam-se aos milhões. E nós sempre a entregar. Pagamos o custo do petróleo e da importação, o custo da transformação do petróleo em gasolina e gasóleo e a margem de ganância de cada posto. E depois pagamos também impostos ao nosso país: há o IVA, o Imposto sobre Produtos Petrolíferos, as taxas sobre emissões de dióxido de carbono e a contribuição do serviço rodoviário. Todos sabemos disto!…………… Não, claro que não sabemos. Que sabemos nós… a não ser que tudo isto é redundante? E pelo meio fala-se em sustentabilidade e políticas verdes. Anunciam-se metas e valores de investimento. Fala-se em transportes alternativos. Mas andar de bicicleta nas nossas cidades é penoso - não há ciclovias nem preparação para a cidadania e as bermas das estradas são corridas de obstáculos. Fala-se de transportes coletivos. Mas acontece que são insuficientes e não fazem muitas vezes a leitura do fluxo das deslocações nos territórios - e por isso não chegam a ser uma resposta real para quem quer deixar o carro em casa. A @elzasoaresoficial uma vez respondeu a um apresentador: eu vim do Planeta Fome. Eu também, e se calhar por isso é que os relatórios das gasolineiras me sabem tão mal. Obrigada aos amigos que me ajudaram a dar corpo a esta canção: @sergiomiendes no baixo e co-produção @renato_sousa_musico na guitarra maravilha @diogoarranja na bateria Abraço.Button
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Quando vamos de um lugar cada um leva consigo o tanto que lhe cabe. Obrigada, @banhosvelhos por nos terem trazido à vila de Caldas das Taipas. Coube-me um bocadinho de Rio Ave, um jardim largo onde se joga petanca, ténis, respira fresco. Onde nos sentamos simplesmente, na silenciosa e serena companhia de árvores-monumento. Couberam-me também as águas das termas pela manhã cedo, ouvidos atentos de quem vai a concertos para viver o concerto. E dos outros também, que tudo faz parte deste lugar que partilhamos. E com todos aprendemos sempre alguma coisa. Abraços já de partida. Obrigada pela chamada 💌 Até logo, Albergaria-a- Velha. Estaremos juntos no @cineteatroalba 🤸pelas 21h30. 📷 de concerto da omnipresente @aritagomes1 🦋Button
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Em Setúbal é feriado hoje. Celebra-se o dia da Cidade no dia em que nasceu Bocage, há 258 anos. Acho bonita esta combinação: Setúbal, que é muito mais do que choco frito, e Bocage, cuja obra é muito mais do que a brejeira e libertina poética que de boca a boca se vai perpetuando. Mesmo em Setúbal conhecemos pouco e mal a escrita de Bocage (por mim falo). Este ano juntámo-nos eu, o @ettoimichel , o @pedroesemedo , o @marioguilhermedop e o @sergiomiendes para dar um pequeno contributo para a divulgação do nosso poeta. E fizemo-lo num dos lugares mais riquinhos da cidade: um tesouro chamado Taberna do Fernando dos Jornais, onde há sempre um dedo de conversa para fazer e um pastel de bacalhau para se comer. Que viva Elmano Sadino :)Button
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